Subprodutos do coco babaçu podem receber Selo Amazônico

Produtos que utilizam o coco babaçu como matéria-prima deverão receber o Selo Amazônico no Maranhão. A proposta de certificação foi apresentada ontem (19/05) pelo Institutito de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão, Inmeq/MA, durante reunião do Selo Amazônico, no Hotel Luzeiros, com todos os dirigentes de órgãos delegados do Inmetro nos estados da Amazônia Legal,com empresas e instituições maranhenses.

A reunião, realizada durante todo o dia, contou com a presença do diretor da Divisão da Qualidade (Dqual) do Inmetro, Alfredo Carlos Orphão Lobo; do presidente do Inmeq/MA, Jones Braga; além dos dirigentes de órgãos delegados do Inmetro Fabrízio Augusto Guaglianone (Pará), Osni Ortiz (Rondônia), Raimundo Costa Parrião Júnior (Tocantins), Miguel Antônio Felix de Andrade (Acre), Nilson José Pereira dos Santos (Amapá), Clodoaldo José Ferreira (Mato Grosso) e Ramiro Teixeira (Roraima).

Fruto de parceria entre a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e o Inmetro, o Programa Selo Amazônico é uma proposta de certificação voluntária que tem como objetivo promover produtos fabricados com matéria-prima da região amazônica.

Além do babaçu, atualmente estão em processo de certificação para receber o selo os produtos ou subprodutos do pirarucu (peixe), da juta (fibra) e pneus fabricados com produtos naturais. “O Inmetro tem como missão trabalhar a confiança nas medições e a confiança dos produtos. O Selo Amazônico consiste em conceder uma certificação que reconhece que o produto atende aos regulamentos, é pré-medido e fabricado com pelo menos em parte da matéria-prima da região amazônica. O objetivo é promover o produto fabricado na região amazônica. Já estamos trabalhando para certificar o pirarucu, a juta e pneus fabricados com produtos naturais. O subproduto do babaçu, aqui no Maranhão, seria o quarto projeto a ser certificado”, explica o diretor da Dqual, Alfredo Carlos Orphão Lobo.

O presidente do Inmeq/MA, Jones Braga explicou que o órgão elegeu o babaçu, por ser uma palmeira nativa do Maranhão. “O babaçu, embora exista também em outros estados, é encontrado em abundância no Maranhão, sendo que nosso estado detém 80% das reservas do Brasil. Ao longo de todo o processo de evolução do estado, o babaçu sempre foi colocado como produto de sobrevivência na nossa sociedade com aproveitamento desde a palha ao azeite, carvão vegetal e tantas outras formas de uso desta matéria-prima. E a cada dia, as empresas e comunidades descobrem novas formas de aproveitamento do babaçu”, disse Jones Braga.

Nos últimos meses, técnicos do Inmeq/MA visitaram diversas empresas e entidades que trabalham com produtos feitos a partir do babaçu nas cidades de Itapecuru, Codó e São Luís a tarefa de identificar produtos que possam vir a receber o Selo Amazônico.

Entre as empresas que receberam a visita do Inmeq/MA, uma foi a Oleama, em São Luís, onde conheceram os processos de fabricação. “A proposta desta certificação é de grande importância para as empresas locais. O Selo Amazônico dará respaldo aos nossos produtos”, observou a diretora da empresa, Târeunião do Selo Amazônico em São Luísnia Tamaki.

O Selo Amazônico representa uma garantia de que o produto adquirindo é produzido com produto da Amazônia legal e que seu processo de fabricação segue regras de sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente. Visa ser um instrumento oficial de reconhecimento da qualidade do produto oferecido, com requisitos de legalidade, segurança, qualidade, impacto social e ambiental e desenvolvimento econômico na região da Amazônia Legal Brasileira. Integram a Amazônia Legal nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

 

ASCOM/INMEQ-MA

19/05/2014